O sujeito que lê, entre muitíssimos outros, os livros República (Platão), Os Demônios (Dostoiévski), O que há de errado com o mundo? (Chesterton), A teoria da exploração do socialismo-comunismo (Böhm-Bawerk), O Homem Revoltado (Camus), A Invasão Vertical dos Bárbaros (Mário Ferreira dos Santos), Advertência ao Ocidente (Soljenítsin) A Nova Era e a Revolução Cultural (Olavo de Carvalho) e Ponerologia: Psicopatas no Poder (Lobaczewski), e que mesmo assim continua sendo um petista, um progressista, um comunista ou um revolucionário político qualquer, certamente sofre de analfabetismo funcional (e merece por isso nossa compaixão, haja vista o estado de decrepitude da educação brasileira) ou então de um tipo qualquer de psicose (e por isso devia recorrer a algum tipo de psicoterapia). Se é alguém que se recusa a ler livros desse gênero — livros que falam à inteligência, e não ao coração mediante ideologias irracionais e absurdas —, então o sujeito é apenas um fanático. Ou um preguiçoso. Se for um fanático, podemos compreender seu apoio a um oclocrata como Lula: é o que se espera de fanáticos, isto é, a paixão imune a toda prova em contrário, a todo fato, avessa à própria estrutura da realidade. Fanáticos políticos lêem apenas os catecismos da sua fé ideológica, prendendo-se a superstições tais como o socialismo e o comunismo. É até compreensível, embora deplorável. Por outro lado, se o sujeito for simplesmente um preguiçoso, do tipo que não lê sequer um best-seller ao ano, deveria evitar o vexame e parar de bater no peito, escrevendo aqui e ali, mal que mal, seus nonsenses político-econômicos e suas bravatas de sequaz. A defesa do maior bandido que este país já teve no governo não merece a auto-humilhação e a vergonha de quem devia estar simplesmente curtindo a vida.

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