palavras aos homens e mulheres da Madrugada

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Cotas e ação afirmativa

¿Já notou que, se você não for Woody Allen ou Sacha Baron Cohen (ou qualquer outro comediante judeu), pega muito mal fazer piadas sobre judeus? ¿E já assistiu ao excelente documentário The Original Kings of Comedy, de Spike Lee? Caso afirmativo, ¿notou que, se fossem brancos, aqueles comediantes sairiam do palco, não ovacionados, mas linchados? ¿E percebeu que é a mesma coisa para gays, anões, gordos, muçulmanos, loiras, etc.? Enfim, para se criticar uma suposta minoria, é preciso, antes de tudo, ser parte dela. É o espírito do nosso tempo – o politicamente correto. Se você não respeitá-lo, será acusado de estar defendendo um interesse de classe. (Sabe como é, né?) Você, claro, só pode falar mal de ricos, burgueses, cristãos, heterossexuais, empresários e assim por diante, essa gente feia que o explorou na outra encarnação. (Pode falar mal de Israel também.) Em qualquer um desses casos, cabe a crítica, por mais injusta, afinal, ela não será um pecado social. Eis a palavrinha: social! Se há o adjetivo social no meio, então… Puts. É intocável! E o intocável do momento é a “cota social” na educação. Claro, a cota racial continua intocável. Logo, como sou apenas um rapaz latino-americano com pouco dinheiro no bolso descendente de portugueses “cristãos novos” (isto é, judeus convertidos), misturado um tanto com negros e italianos, não direi nada. Infelizmente, não tenho permissão social para tais liberdades. Dirão que estou defendendo interesses da minha classe – e eu não estou certo da natureza da minha classe. Portanto, deixarei dois intelectuais negros de origem humilde falar sobre o verdadeiro significado das cotas e das “ações afirmativas” (o ninho conceitual de onde saem tantas coisas daninhas à educação, à cultura e à sociedade). Com vocês, Thomas Sowell e Walter Williams. [Aplausos]

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Publicado no Digestivo Cultural.

Janjão e os Fractais Sertanejos

Em 2009, além de ministrar a oficina de roteiro e direção, fui jurado do 1º Curta Carajás, no Pará. (Neste ano, o festival está se preparando para sua quarta edição.) Qualquer jurado sabe que, num festival de cinema, é necessária muita paciência com as toneladas de joio até poder encontrar algum trigo. E o grão de trigo que mais me marcou, e que infelizmente ainda não está integralmente disponível na internet, foi o documentário Fractais Sertanejos, de Heraldo Cavalcanti, no qual conhecemos a história do pedreiro João Batista dos Santos, o Janjão, que, após passar por uma Experiência de Quase Morte durante uma cirurgia, teve sua vocação artística despertada pela epifania que então lhe ocorreu. Janjão, hoje, é um escultor de talento indiscutível que exporta suas obras para todo o mundo. Seu discurso, no documentário completo, faz brotar lágrimas no espectador. Todo aquele que tem dúvidas sobre o valor e o significado de ser um artista deve assistir a esse documentário. Veja os trailers abaixo que, infelizmente, não chegam a dar uma leve ideia do vídeo completo.

Para saber mais sobre Janjão e o documentário, clique aqui e aqui.
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Publicado no Digestivo Cultural.

Roger Scruton diz por que a beleza importa

Um documentário imperdível do filósofo Roger Scruton, que trata da perda do sentido do belo em nossa época. (Para ativar as legendas, clique no ícone “cc”.)

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Bráulio Mantovani: “Idéias sem forma são apenas idéias”

Do Planeta Tela:

Enquanto isso, um de seus roteiristas, Bráulio Mantovani, deu um puxão de orelhas nos críticos de cinema esta semana. Quando questionado pela jornalista Maria do Rosário Caetano sobre a não inclusão do nome de Wagner Moura como co-roteirista do filme [Tropa de Elite 2], Mantovani afirmou: “Para ser co-roteirista, é preciso sentar-se junto ao computador e escrever. Dar idéias não é o mesmo que escrever roteiros. Como disse Mallarmé a Degas: um poema não se faz com idéias, um poema se faz com palavras. O mesmo raciocínio se aplica à escrita de roteiros. Wagner Moura, assim como Daniel Rezende, Rodrigo Pimentel e outros, fizeram leituras críticas e deram sugestões para as muitas versões de roteiro de Tropa de Elite 2. Mas quem sentou a bunda diante do computador para dar forma dramática às idéias que iam surgindo fomos José Padilha e eu. Era nossa a responsabilidade de resolver os problemas da narrativa”.

E conclui: “Ninguém em Tropa de Elite 2 tem crédito não merecido e ninguém deixou de ser creditado pelo trabalho que fez. A participação intensa do Wagner no roteiro corresponde ao que se espera de um coprodutor (assim como eu, que também tenho o mesmo crédito, participei da montagem e de todas as decisões importantes relacionadas à produção e ao lançamento do filme). Já está na hora de vocês críticos assimilarem a evolução do trabalho do escritor no cinema brasileiro. Desde que nós fundamos a AC (Autores de Cinema), o crédito de roteiro passou a ser encarado com mais rigor, mais seriedade e mais profissionalismo. A era dos diretores que assinam roteiros sem sequer saber escrever direito acabou. Idéias sem forma são apenas idéias. Arte é forma”.

Antony Sutton e os verdadeiros donos do poder

Entrevista de Antony Sutton a Stanley Monteith, 1980: “Wall Street and the Rise of Hitler” (legendas em português) from midiaamais on Vimeo.

Transcrição e tradução: Henrique Dmyterko

“O argumento que permeia todos os meus livros: nos altos escalões, não há diferença entre um grande capitalista e um grande comunista — eles estão entrelaçados.” ~ Antony Sutton

Faça o download de alguns livros de Antony Sutton aqui.

C. S. Lewis: Do ateísmo ao teísmo (documentário)

« Todos os livros estavam começando a se voltar contra mim. Na verdade, devo ter sido tão cego como um morcego por não ter visto, muito antes, a absurda contradição entre minha teoria de vida e minha verdadeira experiência enquanto leitor. Os mais religiosos eram claramente aqueles em que eu realmente podia me alimentar.»

Ferreira Gullar fala sobre a nova ortografia

Ferreira Gullar

« Eu acho que o Brasil e Portugal, com os outros países de língua portuguesa, têm de parar com essa coisa de ficar mudando as regras ortográficas. Eu acho que é uma coisa que não ajuda em nada. É uma perda de tempo. Cria confusão, inclusive dá prejuízos. Já imaginou o que vai acontecer? Coleções de livros vão ter que ser jogadas fora e reimpressas, para obedecer a uma nova ortografia porque uma ou duas pessoas resolveram mudar a maneira de escrever a língua. Isso é uma arbitrariedade. Quem é que outorgou a essas pessoas o direito de fazer isso? A língua é patrimônio do país, da população, não é propriedade de ninguém. Não pode haver uma entidade que decide mudar a língua de todo o mundo. Isso é um absurdo. É uma coisa precária, que cria confusões, porque é impossível você encontrar uma forma de colocar todos os países de língua portuguesa em que não se crie ambigüidade nenhuma. É um sonho vão. A ortografia tem de ser uma representação da linguagem falada. Então é uma bobagem. Uma perda de tempo.»

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Leia a entrevista completa com Ferreira Gullar: "O acordo ortográfico é uma perda de tempo". (E veja também o que ele fala sobre Lula e Dilma.)

Fonte: www.ionline.pt

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