palavras aos homens e mulheres da Madrugada

Tag: Política Page 10 of 18

Cubão, o país do futuro do pretérito

Cubão

Tudo começou com o discurso dum candidato na TV: “Brasil é um nome muito capitalista — é o nome de um produto comercial! Pau Brasil! Vamos deixar esse negócio de Pau e mudar para Cubão”.

Dito e feito.

Uma estudante de intercâmbio é recebida pelos colegas:
— ¿De onde você é?
— Do Cubão. Antes da Revolução se chamava Brasil.
— Hum. Você é a primeira pessoa do Cubão que conheço.
— Obrigada. Aqui sou a única. Mas lá todo mundo é do Cubão. Igualdade é isso.

Um turista cubãozense é interpelado por um cidadão português:
— ¿O Partido dos Totalitaristas mudou o nome do seu país para Cubão em homenagem a Cuba?
— Não. Foi porque eles gostavam de enrabar o povo.
— Ah!

Em 2024, numa aula de história:
— ¿E o primeiro presidente eleito após a mudança do nome do país para Cubão foi…?
— Gisele Bundchen, ¿fessora?
— Não! Já disse mil vezes: Jean Wyllys! Jean Wyllys!
— Muito capciosa a sua pergunta, fessora…

Enquanto isso, na Itália:
— Nossa, aquele traveco deve ter uns dois metros de altura!
— Ê, Cubão!
— Como?!…
— ¿Tá me estranhando? É o país de origem! O país!
— Ah, é mesmo. São todos de lá. Mas ainda não me acostumei com a mudança. Gostava de Brasil. Soava bem.
— É, mas levaram tanto pau que tiveram de se adaptar…
— Cubão. Quem diria…

Um pouco de Maio, Junho e Julho…

Algumas pessoas não conseguem compreender certos fatos, não porque sejam burras, pois são até inteligentes, mas simplesmente porque lhes falta imaginação. A imaginação é a base da inteligência: o que não é imaginado torna-se impossível e, por isso, impensável. Quando uma pessoa recebe uma informação ou um dado da realidade que não tem eco em sua imaginação, ela não consegue alcançar senão uma “compreensão” verbal dos mesmos. De fato, essa “compreensão verbal” não é compreensão em absoluto. É estar preso a jogos de palavras, é encarar a linguagem como puro flatus vocis: vento sonoro. Para aquele que é incapaz de uma imaginação aprofundada, os conceitos utilizados não possuem substância. O reino do possível (do imaginável) é o primeiro passo em direção aos reinos consecutivos do verossímil, do provável e do verdadeiro. Sem imaginação é impossível escalar a montanha do Entendimento, essa que leva ao cume da verdade. A imaginação é o acampamento base: a fonte de recursos e provisões para a aventura filosófica.

É papel da literatura de imaginação tornar a realidade pensável.

* * *

Engraçado, a Marcha para Jesus foi provavelmente a única manifestação sem a presença de Judas: segundo consta, apesar dos milhares e milhares de participantes, ninguém ali explodiu sequer um estalo de salão.

* * *

Ei, broto, leia com a voz do Roberto Carlos: “São tantas manifestações”.

* * *

Revoltou-se porque não aguentava mais ouvir promessas — então ouviu mais promessas e ficou satisfeito.

* * *

Foi à rua protestar com o coração sincera e legitimamente indignado — mas a cabeça, após uma lavagem cerebral de anos, permanecia dominada.

* * *

Saiu à rua porque não aguentava mais ser enganado — então a resposta do governo o enganou e ele ficou quietinho em casa.

* * *

Sugestão de leitura para esses dias turbulentos: Os Demônios, de Fiódor Dostoiévski, na tradução de Paulo Bezerra.

* * *

Terá lido Tolstói Os Demônios? Irônico como Dostoiévski previu, na figura de Stiepan Trofímovitch, a morte do colega durante uma fuga das mais ingênuas. A única grande diferença é que, enquanto agonizava, e ao contrário de Tolstói, o coitado do professor Vierkhoviénski finalmente compreendeu o sentido do verdadeiro Cristianismo.

* * *

Essas críticas à polícia lembram as críticas ao “bombardeio cirúrgico” dos americanos na guerra do Iraque — o bom-mocismo quer 100% de precisão robocópica em meio ao caos.

Ora, Shit happens

* * *

Mordido por um vampiro, o gigante levanta-se e sofre convulsões — tarde demais, seu sangue já está contaminado…

* * *

Sugestão para cartaz de passeata: “Queremos álcool no Biotônico!”.

* * *

Achávamos que os estádios não estariam de pé a tempo, mas, em vista do vandalismo, parece que serão as únicas construções de pé em 2014.

* * *

Dr Jekyll vai protestar na passeata mas, coitado, não entende por que o vândalo do Mr Hyde tem sempre de quebrar tudo no final…

* * *

A [pontinhos, pontinhos, pontinhos] foi um movimento espontâneo, antigovernamental, que se espalhou por todo o [pontinhos, pontinhos, pontinhos] , aparentemente sem liderança, direção, controle ou objetivos muito precisos. Geralmente é considerada como o marco inicial das mudanças sociais que culminaram com a [pontinhos, pontinhos, pontinhos]. → http://bit.ly/1923VmX

* * *

Não sei por que os gays gayzistas (os gays normais não são melindrosos) estão reclamando da tal “cura gay” — parece que o remédio é um supositório deste tamanho.

* * *

Redes sociais, esse Maelstrom do século XXI.

* * *

Matéria fueda na revista Alfa: “O Cabra Sensível”. Fala sobre como o Bolsa Família retirou o poder dos homens, tornando-os submissos às “patroas”. Como só a mulher recebe a grana (ou em pelo menos 90% dos casos), e como o desemprego está sempre batendo à porta dos homens (graças, é claro, ao próprio governo), nego baixa a cabeça. Ou seja, o Bolsa Família é uma arma contra o “patriarcado” e contra o “machismo”.

Essa gente à sinistra é muito esperta mesmo…

* * *

Faça amigos até os trinta e tantos anos de vida; depois, após longo afastamento, aguarde a morte para revê-los no Céu ou no Inferno.

* * *

Em espanhol, “heder’ significa “feder”, e “hediondo”, “fedido”. Ou seja: todo mundo já sabia que um corrupto é hediondo, os senadores não precisavam colocar isso no papel. (Alguém imagina que Lula seja cheiroso? Ou Sarney? Ou Collor?)

Aliás, segundo Swedenborg, quando um corrupto é levado do Inferno para o Céu como visitante, ele, assim que lá chega, começa a implorar que o levem de volta, pois,no Céu, a verdade se manifesta e ele não consegue suportar o próprio cheiro, acreditando que o Céu é que está fedendo — e então, devido à ignorância, perpetua sua estada nas sociedades infernais, onde as verdades se escondem.

Nós outros, sabedores do problema, tomaremos um banho no Purgatório antes de seguir viagem…

* * *

Estamos em 2013 e você ainda não adquiriu um Kindle, um Kobo ou sequer um Sony Reader — os inventores do papiro e do pergaminho estão lá no Céu de queixo caído, mal podendo crer em tal notícia.

* * *

Quando finalmente ocorreu a Revolução de 1917, a parcela esclarecida da população russa foi pega de surpresa, afinal, esse tal de socialismo era apenas uma conversa fiada dos anos 1840 e 1850. (Sabe, né? Coisa velha em que ninguém mais acredita…)

Se os russos, que respeitavam a literatura, não ouviram Dostoiévski, quantos brasileiros, que desprezam o verdadeiro conhecimento, irão ouvir um filósofo?

* * *

Meu coração, cujo ritmo não é alterado pela seleção brasileira desde 1990, é tão futebolisticamente neutro que eu poderia ser árbitro de um jogo do Brasil. Seria divertido, nego me xingando de traidor para baixo e me ameaçando por causa de uma arbitragem super correta. B^)

* * *

— Gostou do meu batom vinho?
— Hmm, sua maquiadavélica…

* * *

Tarantino, quanto você cobraria para ser DJ numa festa lá em casa?
— Fuck you, you motherfucker!!

* * *

Na verdade — quem poderá negá-lo? — o fígado do Lou Reed foi extremamente tolerante.

* * *

Dominique Venner, que se suicidou ontem na catedral de Notre-Dame, deve ter morrido em vão: somente os islâmicos admiram mártires suicidas.

* * *

A maioria das discussões filosóficas, religiosas e políticas da internet não passa de logomaquia.

_____
No Houaiss:

logomaquia Datação: 1858

n substantivo feminino
1 discussão gerada por interpretações diferentes do sentido de uma palavra; querela em torno de palavras
2 Derivação: por extensão de sentido.
emprego de termos não definidos num discurso, numa argumentação; palavreado vão
3 Uso: pejorativo.
querela em torno de coisas insignificantes

* * *

Somente um hacker poderia levar a cabo uma efetiva Desobediência Civil: meter um trojan no sistema da Receita Federal que devolvesse a grana dos impostos e tributos diretamente para as contas bancárias dos contribuintes — voilà!

* * *

Aquele cuja fé não repousa senão na imanência e que, mesmo assim, ainda não chegou ao solipsismo, sofre ou de falta de imaginação ou de preguiça de pensar — ou de ambas.

* * *

Esse negócio de acesso biométrico aos caixas eletrônicos significa duas coisas: mais seqüestros relâmpagos e (novidade) ladrões de dedo.

* * *

Verificar os caminhos sem blitz na volta para casa após a balada ainda é a razão mais convincente para se adquirir um smartphone.

* * *

Algumas etnias indígenas acreditavam que a fotografia poderia roubar a alma do fotografado e, com o Facebook, passaram a ter certeza disso.

* * *

Na CNN: nos EUA, ao longo de dez anos três irmãos de nome Castro mantiveram em cativeiro três mulheres — mais cinqüenta anos e teriam igualado o cativeiro imposto a toda uma população pelos irmãos Castro de Cuba.

* * *

Saudade, essa força de gravidade do amor.

* * *

Brazilian Wax → depilação completa dos pelos púbicos que deixa sua genitália lisinha;
Brazilian Tax → depenação completa por parte do poder público que deixa seu bolso lisinho.

* * *

Receita de pavê nerd: quebre ao meio rosquinhas Mabel e coloque-as numa tigela; cubra-as com iogurte do seu sabor predileto; deixe a tigela 1 hora no congelador. Sirva-a para si mesmo enquanto assiste ao The Big Bang Theory.

* * *

Sonhos lúcidos são dez mil vezes melhores que o melhor vídeo game.

* * *

Obviamente, a retirada de cruzes das repartições públicas faz parte do plano de dominação dos vampiros.

* * *

Devia rolar um corredor polonês para os mensaleiros. (Infelizmente, com tantos brasileiros comprados por esmolas oficiais, teríamos de importar os poloneses.)

* * *

— Sabe por que é ruim ser um solteirão? — pergunta ela.
— Por quê?
— Você morre mais cedo…
— Que ótimo! Então não precisarei me suicidar.

* * *

Dizem que Deus é para losers. “Ah, fulano sifu e aí virou crente.” Mas não fracassaremos todos no final? O que é a morte senão o fracasso do corpo?

* * *

Não sei qual ator conseguiu ser mais insuportável: se Cary Grant em His Girl Friday (1940), ou se Tom Ewell em The Seven Year Itch (1955).

* * *

Espero que Dante Alighieri esteja certo e o Inferno seja mesmo uma espécie de zoológico aberto à visitação: caso não lhes seja concedida a Graça, será legal ir dar pipoca para Lula & Cia. E também para esses meninos que matam gente como gente grande. E para pilotos remotos de drone. E para… Puts, a lista é muito grande. Deixa pra lá.

* * *

“De perto, ninguém é normal.” Certo, mas se permitirmos que a norma seja destruída, como saberemos o que é “perto”? Ninguém mais saberá qual é a distância segura e todos pisarão nos calos uns dos outros.

* * *

Segundo Edgar Allan Poe, as quatro condições elementares da felicidade são: a vida ao ar livre; o amor de uma mulher; o desapego a toda ambição; e a criação de uma nova beleza.

No entanto…

« A verdade parece ser que o gênio da mais alta categoria vive num estado de perpétua hesitação entre a ambição e o desprezo por ela.»
Edgar Allan Poe

* * *

O Brasil é um mindfuck.

* * *

Seja ou não um escritor, a vida é sempre você diante do papel em branco.

_____

Fonte: Meu FB.

Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo

Comunismo = Nazismo

Como colaborador da Wikipédia, fiz uma tradução meia-boca do artigo sobre a “Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo” e da própria declaração, cujo texto propriamente dito é este:

A declaração clama:

1– “levar a toda Europa o entendimento de que os regimes totalitários nazista e comunista precisam ser julgados por seus próprios e terríveis méritos, isto é, por suas políticas destrutivas impostas mediante a aplicação sistemática de formas extremas de terror e a supressão de todas as liberdades civis e humanas, pela eclosão de guerras agressivas e — como parte inseparável de suas ideologias — pelo extermínio e deportação de nações inteiras e de grandes grupos populacionais; e por tudo isso tais regimes devem ser considerados os principais desastres que macularam o século 20”

2– “o reconhecimento de que muitos crimes cometidos em nome do comunismo devem ser considerados crimes contra a humanidade, servindo portanto como um aviso para as gerações futuras, tal como os crimes nazistas foram considerados pelo Tribunal de Nuremberg”

3– “a formulação de uma abordagem comum sobre os crimes dos regimes totalitários, nomeadamente dos Regimes Comunistas, e a ampliação em toda a Europa da consciência relativa a esses crimes comunistas, definindo claramente uma atitude comum para com eles”

4– “a introdução de legislação que dê permissão aos tribunais para julgar e punir os perpetradores dos crimes comunistas e compensar suas vítimas”

5– “garantir o princípio da igualdade de tratamento e não discriminação das vítimas de todos os regimes totalitários”

6– “a pressão europeia e internacional para a condenação efetiva dos crimes comunistas do passado e para a luta eficaz contra os crimes comunistas em curso”

7– “o reconhecimento do comunismo como parte integrante e terrível da história comum da Europa”

8– “a aceitação da responsabilidade pan-europeia nos crimes cometidos pelo comunismo”

9– “o estabelecimento do dia 23 de Agosto, o dia da assinatura do pacto Hitler-Stalin, conhecido como o Pacto Molotov-Ribbentrop, como o dia de recordação das vítimas de ambos os regimes totalitários, os regimes nazista e comunista, tal como a Europa recorda as vítimas do Holocausto em 27 de janeiro ”

10– “atitudes responsáveis dos Parlamentos Nacionais no que se refere ao reconhecimento dos crimes comunistas como crimes contra a humanidade, levando a uma legislação apropriada, e ao monitoramento parlamentar dessa legislação”

11– “o debate público eficaz sobre o uso comercial e político indevido dos símbolos comunistas”

12– “a continuação das audiências da Comissão Europeia sobre as vítimas de regimes totalitários, com vista à elaboração de uma comunicação da Comissão”

13– “o estabelecimento em países europeus, que tenham sido governados por regimes comunistas totalitários, de comitês compostos por peritos independentes, com a tarefa de recolher e avaliar informações sobre as violações dos direitos humanos a nível nacional sob o regime comunista totalitário, com vistas a colaborar estreitamente com um comitê de especialistas do Conselho da Europa”

14– “assegurar um quadro jurídico internacional claro visando um acesso livre e irrestrito aos arquivos que contêm informações sobre os crimes do comunismo”

15– “a criação de um Instituto da Memória e Consciência Europeias”

16– “a organização de uma conferência internacional sobre os crimes cometidos pelos regimes comunistas totalitários, com a participação de representantes de governos, parlamentares, acadêmicos, especialistas e ONGs, com resultados a serem amplamente divulgados em todo o mundo”

17– “o ajuste e revisão de livros de história da Europa para que as crianças possam aprender e ser alertadas sobre o comunismo e seus crimes, tal como são ensinadas a avaliar os crimes nazistas”

18– “o debate amplo e minucioso em toda a Europa da história e do legado comunista”

19– “a comemoração conjunta no próximo ano do 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, do massacre da Praça Tiananmen e das mortes na Romênia”

A declaração cita a Resolução 1481 do Conselho da Europa, bem como “resoluções sobre os crimes comunistas adotadas por vários Parlamentos nacionais”. A Declaração foi precedida pela Audiência Pública Europeia sobre Crimes Cometidos por Regimes Totalitários.

Presidente Dilma e sua Rede de Intrigas

Esta inesquecível cena é do filme Rede de Intrigas (Network, 1976):

E esta foi gravada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, no exato minuto em que a presidAnta Dilma Rousseff fazia seu pronunciamento:

A vida imitando a arte…

E eu já havia escrito sobre isso em 2005.

(Via Blog do Coronel.)

James Shikwati: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!”

A entrevista abaixo foi publicada na revista Der Spiegel em 2005, mas, como os equívocos de que trata ainda resistem, volto a postá-la aqui.

Shikwati

Especialista explica que a ajuda internacional alimenta a corrupção e impede que a economia se desenvolva, o que destrói a produção agrícola e causa desemprego, mais miséria e mais dependência

O especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids.

DER SPIEGEL – Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África…

James Shikwati – Pelo amor de Deus, parem com isso!

DS – Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza.

Shikwati – Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.

DS – O senhor tem uma explicação para esse paradoxo?

Shikwati – Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.

DS – Mesmo em um país como o Quênia pessoas morrem de fome todos os anos. Alguém precisa ajudá-las.

Shikwati – Mas são os próprios quenianos quem deveria ajudar essas pessoas. Quando há uma seca em uma região do Quênia, nossos políticos corruptos imediatamente pedem mais ajuda. O pedido chega ao Programa Mundial de Alimentação da ONU –que é uma agência maciça de “apparatchiks” que estão na situação absurda de, por um lado, dedicar-se à luta contra a fome, e por outro enfrentar o desemprego onde a fome é eliminada. É muito natural que eles aceitem de bom grado o pedido de mais ajuda. E não é raro que peçam um pouco mais de dinheiro do que o governo africano solicitou originalmente. Então eles enviam esse pedido a seu quartel-general, e em pouco tempo milhares de toneladas de milho são embarcadas para a África…

DS – Milho que vem predominantemente de agricultores europeus e americanos altamente subsidiados…

Shikwati – … e em algum momento esse milho acaba no porto de Mombasa. Uma parte do milho em geral vai diretamente para as mãos de políticos inescrupulosos, que então o distribuem em sua própria tribo para ajudar sua próxima campanha eleitoral. Outra parte da carga termina no mercado negro, onde o milho é vendido a preços extremamente baixos. Os agricultores locais também podem guardar seus arados; ninguém consegue concorrer com o programa de alimentação da ONU. E como os agricultores cedem diante dessa pressão o Quênia não terá reservas a que recorrer se houver uma fome no próximo ano. É um ciclo simples mas fatal.

DS – Se o Programa Mundial de Alimentação não fizesse nada, as pessoas morreriam de fome.

Shikwati – Eu não acredito nisso. Nesse caso, os quenianos, para variar, seriam obrigados a iniciar relações comerciais com Uganda ou Tanzânia, e comprar alimento deles. Esse tipo de comércio é vital para a África. Ele nos obrigaria a melhorar nossa infra-estrutura, enquanto tornaria mais permeáveis as fronteiras nacionais –traçadas pelos europeus, aliás. Também nos obrigaria a estabelecer leis favorecendo a economia de mercado.

DS – A África seria realmente capaz de solucionar esses problemas por conta própria?

Shikwati – É claro. A fome não deveria ser um problema na maioria dos países ao sul do Saara. Além disso, existem vastos recursos naturais: petróleo, ouro, diamantes. A África é sempre retratada como um continente de sofrimento, mas a maior parte dos números é enormemente exagerada. Nos países industrializados existe a sensação de que a África naufragaria sem a ajuda ao desenvolvimento. Mas, acredite-me, a África já existia antes de vocês europeus aparecerem. E não fizemos tudo isso com pobreza.

DS – Mas naquela época não existia a Aids.

Shikwati – Se acreditássemos em todos os relatórios horripilantes, todos os quenianos deveriam estar mortos hoje. Mas agora os testes estão sendo realizados em toda parte, e acontece que os números foram enormemente exagerados. Não são 3 milhões de quenianos que estão infectados. De repente eram apenas cerca de um milhão. A malária é um problema equivalente, mas as pessoas raramente falam disso.

DS – E por quê?

Shikwati – A Aids é um grande negócio, talvez o maior negócio da África. Não há nada capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids. A Aids é uma doença política aqui, e deveríamos ser muito céticos.

DS – Os americanos e europeus têm fundos congelados já prometidos para o Quênia. O país é corrupto demais, segundo eles.

Shikwati – Temo, porém, que esse dinheiro ainda será transferido em breve. Afinal, ele tem de ir para algum lugar. Infelizmente, a necessidade devastadora dos europeus de fazer o bem não pode mais ser contida pela razão. Não faz qualquer sentido que logo depois da eleição do novo governo queniano –uma mudança de liderança que pôs fim à ditadura de Daniel Arap Mois–, de repente as torneiras se abriram e o dinheiro verteu para o país.

DS – Mas essa ajuda geralmente se destina a objetivos específicos.

Shikwati – Isso não muda nada. Milhões de dólares destinados ao combate à Aids ainda estão guardados em contas bancárias no Quênia e não foram gastos. Nossos políticos ficaram repletos de dinheiro, e tentam desviar o máximo possível. O falecido tirano da República Centro Africana, Jean Bedel Bokassa, resumiu cinicamente tudo isso dizendo: “O governo francês paga por tudo em nosso país. Nós pedimos dinheiro aos franceses, o recebemos e então o gastamos”.

DS – No Ocidente há muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África. Todo ano eles doam dinheiro e mandam roupas usadas em sacolas…

Shikwati – … e então inundam nossos mercados com essas coisas. Nós podemos comprar barato essas roupas doadas nos chamados mercados Mitumba. Há alemães que gastam alguns dólares para comprar agasalhos usados do Bayern Munich ou do Werder Bremen. Em outras palavras, roupas que algum garoto alemão mandou para a África por uma boa causa. Depois de comprar esses agasalhos, eles os leiloam na eBay e os mandam de volta à Alemanha — pelo triplo do preço. Isso é loucura!

DS – … e esperamos que seja uma exceção.

Shikwati – Por que recebemos essas montanhas de roupas? Ninguém passa frio aqui. Em vez disso, nossos costureiros perdem seu ganha-pão. Eles estão na mesma situação que nossos agricultores. Ninguém no mundo de baixos salários da África pode ser eficiente o bastante para acompanhar o ritmo de produtos doados. Em 1997 havia 137 mil trabalhadores empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003 o número tinha caído para 57 mil. Os resultados são iguais em todas as outras regiões onde o excesso de ajuda e os frágeis mercados africanos entram em colisão.

DS – Depois da Segunda Guerra Mundial a Alemanha só conseguiu se reerguer porque os americanos despejaram dinheiro no país através do Plano Marshall. Isso não se qualificaria como uma ajuda ao desenvolvimento bem-sucedida?

Shikwati – No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria. Deve haver uma mudança de mentalidade. Temos de parar de nos considerar mendigos. Hoje em dia os africanos só se vêem como vítimas. Por outro lado, ninguém pode realmente imaginar um africano como um homem de negócios. Para mudar a situação atual, seria útil se as organizações de ajuda saíssem.

DS – Se fizessem isso, muitos empregos seriam perdidos imediatamente.

Shikwati – Empregos que foram criados artificialmente, para começar, e que distorcem a realidade. Os empregos nas organizações estrangeiras de ajuda são muito apreciados, é claro, e elas podem ser muito seletivas na escolha das melhores pessoas. Quando uma organização de ajuda precisa de um motorista, dezenas de pessoas se candidatam. E como é inaceitável que o motorista só fale sua língua tribal, o candidato também deve falar inglês fluentemente –e, de preferência, ter boas maneiras. Então você acaba com um bioquímico africano dirigindo o carro de um funcionário da ajuda, distribuindo comida européia e forçando os agricultores locais a deixar seu trabalho. É simplesmente loucura!

DS – O governo alemão se orgulha exatamente de monitorar os receptores de suas verbas.

Shikwati – E qual é o resultado? Um desastre. O governo alemão jogou dinheiro diretamente para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, um homem que tem na consciência a morte de um milhão de pessoas –que seu exército matou no país vizinho, o Congo.

DS – O que os alemães deveriam fazer?

Shikwati – Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.

Der Spiegel ,Thilo Thielke
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Fonte:  SPIEGEL Interview with African Economics Expert

________
Outro post no mesmo espírito: Ngozi Okonjo-Iweala: “Quer ajudar a África? Faça negócios aqui”.

Um homossexual condena os “direitos homossexuais”

Justin Raimondo

Por Justin Raimondo:

« Os ativistas homossexuais do passado pediam ao governo que os deixasse em paz. Sua plataforma política consistia fundamentalmente na descriminalização de relações homossexuais entre maiores de idade. Hoje, contudo, à medida em que a tolerância social à homossexualidade cresce, os ativistas homossexuais se voltam cada vez mais para o governo a fim de impor seus interesses à sociedade. Muito embora o poder estatal tenha sido utilizado como clava contra os homossexuais desde pelo menos a Idade Média, os líderes gays de hoje subitamente parecem eles mesmos empunhar o bastão, dizendo: “Agora é a nossa vez”. Isto é uma grande ironia – e uma possível causa de problemas para os homossexuais e convulsão social para a América.

« O nascimento do movimento de liberação dos homossexuais na América pode ser datado em 27 de Junho de 1969, quando clientes do Stonewall Inn, um bar para homossexuais em Manhattan, resistiram a uma tentativa da polícia de fechar aquele estabelecimento. Durante três dias, uma rebelião da vizinhança efetivamente impediu a polícia de dar seguimento à antiga tradição de extorsão de bares “gays” e de fechamento dos que se recusavam a pagar propina. Na autuação oficial, os donos do Stonewall foram citados por não possuírem alvará para venda de bebidas alcoólicas. Mesmo que eles tivessem requerido a obtenção do alvará, contudo, dificilmente eles teriam sido atendidos: o órgão estatal responsável por este tipo de licença era notoriamente hostil a estabelecimentos voltados para homossexuais. Assim sendo, os primeiros manifestantes homossexuais modernos estavam se rebelando contra a regulação estatal. De fato, a liberdade perante o governo, genericamente considerado, era uma idéia central do movimento de liberação homossexual.

« No entanto, algo fez com que o movimento gay se desviasse deste objetivo originário. Hoje, o intitulado movimento pelos direitos homossexuais vê o governo como o provedor, e não como o inimigo, da liberdade. Da medicina socializada, passando pela legislação anti-discriminação e chegando às aulas obrigatórias de “tolerância” nas escolas, não há qualquer tipo de iniciativa para incrementar o poder governamental que estes supostos guerreiros da liberdade não apoiem.

« Enquanto as relações homossexuais entre maiores de idade sejam consideradas atos ilegais em alguns estados, eu acredito que organizações dedicadas a legalizá-las têm um assento legítimo na constelação das causas em prol dos direitos humanos. Além deste objetivo estritamente limitado, contudo, um movimento político baseado em orientação sexual é uma aberração grotesca. O fato de que o movimento pelos direitos homossexuais ter assumido uma postura cada vez mais autoritária é a consequência inevitável de se basear compromissos políticos em lealdades tribais, e não em princípios filosóficos.

« Numa sociedade livre não existem direitos homossexuais, apenas direitos individuais. Tanto para homossexuais quanto para heterossexuais, estes direitos se fundem num único princípio: o direito de ser deixado em paz. Politicamente, o movimento pelos direitos dos homossexuais deve voltar às suas raízes libertárias. Isto iniciaria o imprescindível processo de despolitização da homossexualidade e evitaria uma perigosa guerra cultural que a minoria homossexual jamais poderá vencer.

« Mesmo a “neutralidade” estatal que homossexuais “de centro” como Andrew Sullivan advogam forçaria o governo a tratar a homossexualidade como algo equivalente à heterossexualidade, como se vê nas demandas de Sullivan em prol de um pseudo-“casamento” homossexual e da admissão de gays assumidos nas forças militares. A verdadeira neutralidade, contudo, exigiria não uma aceitação, mas indiferença, desatenção, inação. Um estado neutro não penalizaria nem recompensaria a conduta homossexual. Ele não proibiria nem legitimaria juridicamente o casamento homossexual. Num ambiente militar, um estado neutro submeteria qualquer manifestação de sexualidade à mesma rigorosa regulação.

« Os homossexuais devem rejeitar a idéia disparatada de que eles são oprimidos pelo “heterossexualismo”, uma ideologia vil que subordina e denigre homossexuais ao insistir no papel central da heterossexualidade na cultura humana. Não se pode fugir da biologia humana, por mais que tal projeto possa seduzir acadêmicos alienados que imaginam que a sexualidade humana é uma “construção social” alterável à vontade. Homossexuais são e serão sempre uma raridade, uma pequena minoria necessariamente à margem da família tradicional. O “preconceito” heterossexual das instituições sociais não é algo que precise ser imposto a uma sociedade relutante por um estado opressivo, mas uma predileção que surge de forma bastante natural e inevitável. Se isto é “homofobia”, então a natureza é sectária. Se os homossexuais utilizam o poder estatal para corrigir esta “injustiça” histórica, eles estão se engajando num ato de beligerância que será considerado com justiça uma ameaça à primazia da família tradicional.

« Mesmo vários homossexuais liberais admitem que o modelo dos “direitos gays” já serviu a todo e qualquer propósito útil que ele algum dia possa ter tido. A idéia de que os homossexuais, especialmente os homens, sejam um grupo de vítimas é tão contrária à realidade que ela já não é mais sustentável. Nos campos econômico, político e cultural, os homossexuais exercem uma influência desproporcional ao seu número em face da totalidade da população, um fato que deu origem a inúmeras teorias conspiratórias. Dos cavaleiros medievais de Malta ao misterioso “Homintern” dos tempos modernos, a idéia de uma poderosa organização secreta de homossexuais é tema persistente na literatura conspiratória, imitando a forma e o estilo da mitologia anti-semítica.

« Justaposta à propaganda vitimizante dos últimos vinte anos, esta imagem de poder homossexual com ela se funde para produzir um personagem particularmente antipático: uma criatura privilegiada que não para de choramingar quanto ao seus infortúnios. Se as lideranças políticas homossexuais estão tão preocupadas quanto a um suposto crescimento de sectarismo anti-homossexual, talvez elas devam tomar o cuidado de projetar uma imagem pública menos criticável.

« Na condição de contigente especializado de um exército dedicado a empurrar o socialismo “multicultural” goela abaixo do povo americano, o lobby homossexual se alimenta dos piores medos de suas bases eleitorais. Empunhando o espantalho da “Direita Religiosa” a fim de manter as tropas em alerta, os políticos gays apontam para Jesse Helms e dizem: “sem nós, vocês não teriam a menor chance contra este sujeito”.

« Entretanto, nenhum grupo religioso de peso jamais clamou por medidas legais contra os homossexuais. A Coalização Cristã, o Eagle Forum e outros grupos ativistas conservadores somente se envolveram em atividades políticas supostamente “anti-homossexuais” defensivamente, trabalhando pela rejeição de leis garantidoras de “direitos gays” que atacavam as crenças mais preciosas daqueles grupos.

« Os líderes do movimento gay estão brincando com fogo. A grande tragédia é que não serão eles os únicos que sairão queimados. A volatilidade dos temas que eles vêm levantando – temas que envolvem religião, família e as mais elementares premissas do que é ser humano – cria o risco de uma explosão social pela qual eles devem ser responsabilizados. A ousadia da tentativa de se introduzir um “currículo homossexual positivo” nas escolas públicas, a postura de vítimas militantes que não toleram qualquer questionamento, a intolerância brutal que se segue à tomada do poder pelos homossexuais em guetos urbanos como São Francisco – tudo isso, somado ao fato de que o próprio paradigma dos direitos dos homossexuais representa uma intolerável invasão da liberdade, tende a produzir uma reação da maioria.

« Já é tempo de se questionar o mito de que o movimento pelos direitos homossexuais fala por todos, ou mesmo pela maioria dos homossexuais. Isto não acontece. Leis que estabelecem “direitos homossexuais” violam os princípios do autêntico liberalismo, e os homossexuais deveriam levantar sua voz contra elas – a fim de se distanciarem dos excessos deste movimento destrutivo, a fim de evitar conflitos sociais e para corrigir alguns graves males já criados. Estes males são o ataque político hoje lançado contra a família heterossexual pelos teóricos da revolução homossexual; o incansável deboche religioso que permeia a imprensa gay; e o ilimitado desprezo, inerente à subcultura homossexual, por toda tradição e pelos “valores burgueses”.

« A busca por uma “etnia” homossexual é tão infrutífera quanto o esforço para forjar um movimento político homossexual. Ser homossexual não pode ser comparado, de forma alguma, a, digamos, ser armênio. Não existe uma cultura homossexual à parte da cultura em geral e, apesar de alegações pseudo-científicas em contrário, não existe uma “raça gay” geneticamente codificada. Existe apenas um certo comportamento adotado por um grupo heterogêneo de indivíduos, cada um baseado em seus próprios motivos e predisposições.

« Quaisquer esforços de santificação desta conduta, ou de sua explicação de forma a esvaziá-la de qualquer conteúdo moral, são contraproducentes, além de pouco convincentes. Tentar reconciliar de alguma forma a homossexualidade com os costumes e crenças religiosas da maioria é renunciar ao verdadeiro direito que as pessoas, homossexuais ou não, efetivamente têm: o direito de não ter que dar satisfações quanto à sua própria existência.

« A obsessão em “assumir” sua própria homossexualidade e o auto-centrismo essencialmente feminino deste tipo de ritual é certamente um outro traço do movimento homossexual que deve ser eliminado. Será que nós realmente temos que conhecer as predileções sexuais de nossos vizinhos e colegas de trabalho, ou mesmo de nossos irmãos e irmãs, tios e tias?

« Esperar aprovação ou sanção oficial quanto algo tão pessoal quanto a própria sexualidade é um sinal de fraqueza de caráter. Pedir (não, exigir) com a cara limpa tal aprovação na forma de um ato governamental é algo de um mau gosto sem paralelos. É também a confissão de uma falta de auto-estima tão devastadora, de um tal vazio interior, que sua expressão pública se torna inapreensível. A auto-estima não é uma qualidade que se possa extrair dos outros, nem ser criada legislativamente.

« A história do movimento gay revela que Eros e ideologia são antípodas. A política, disse Orwell, é o “sexo azedado”, e a palavra “azeda” certamente descreve a visão de mundo dos dogmáticos dos direitos homossexuais. Isto fica evidente só de olhar para eles: melindrados a todo tempo por uma sociedade “heterossexualista” e normalmente muito pouco atraentes para conseguirem namorar, estas pobres almas politizaram tanto sua sexualidade que dificilmente se pode afirmar que ela ainda exista.

« Ao invés do moralismo da “visibilidade” gay, uma solução sensata para a Questão Homossexual seria uma convocação de retorno aos deleites da vida privada, uma redescoberta da discrição ou mesmo do anonimato. A politização da vida cotidiana – do sexo e das instituições culturais fundamentais – é uma tendência a que devemos resistir com tenacidade: não apenas os homossexuais, mas os amantes da liberdade em todas as esferas de realização humana

Artigo originalmente publicado na revista The American Enterprise.

Fonte: Gays de Direita. (Vide artigo original.)

Mario Vargas Llosa no Roda Viva

[field name = iframe1]

[field name = iframe2]

[field name = iframe3]

[field name = iframe4]

Page 10 of 18

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén