palavras aos homens e mulheres da Madrugada

Mês: fevereiro 2009

“Espelho” (curta-metragem) no festival de Tromsø, Noruega

No Siesta Fiesta

Meu curta-metragem “Espelho” (Mirror) foi convidado pelo festival “No Siesta, Fiesta!” — de Tromsø, Noruega — e já está na programação que homenageia o Brasil.

Os longas-metragens convidados são: Central do Brasil, Tropa de Elite, Fuglekikkere e La Zona.

Se por um acaso você estiver passeando por ali, em busca da aurora boreal ou algo assim, aproveite e prestigie nosso filme. Obrigado.

De Partida – um curta-metragem de Yuri Vieira e Pedro Novaes

Após iniciar o vídeo, clique na seta (canto inferior direito) e selecione “HQ – assistir em alta qualidade”.

“Um casal não vê outra saída para seu casamento senão a separação.”

Obs.: Este curta-metragem foi gravado sem qualquer lei de incentivo cultural e custou cerca de R$500,00 à Sertão Filmes, graças, é claro, à ajuda de vários amigos que trabalharam sem nada cobrar e/ou emprestaram equipamentos e locações. (Veja os agradecimentos ao final do vídeo.)

Foi SELECIONADO para a 8ª Goiânia Mostra Curtas (2008).

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Direção: Pedro Novaes e Yuri Vieira.
Argumento: Pedro Novaes.
Roteiro: Paulo Paiva, Pedro Novaes e Yuri Vieira.
Fotografia: Emerson Maia, Pedro Augusto Diniz e Pedro Novaes.
Assistente de fotografia: Isaac Orcino e Arturo Lucio.
Som direto: Paulo Paiva.
Edição: Pedro Novaes, Aline Nóbrega.
Trilha sonora: Sandro Soares, Pedra 70, Olavo Telles, Bebel Roriz.
Edição de som e finalização: Arturo Lucio.
Produção: Cássia Queiroz e Paulo Paiva.

Elenco: Cássia Queiroz, Grace Carvalho, Lina Reston e Sandro Torres.

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P.S.: O quadro na cabeceira da cama foi pintado por Yuri Vieira. (Hehehehe.)

Entrevista com uma extraterrestre

Eis a entrevista que gravei, sete anos atrás, com Pórtia (Juraci), a minha amiga extraterrestre.

A carta que o escritor espera do leitor

Eis o tipo de mensagem que um escritor espera de ao menos um em cada cem de seus leitores:

Fri, Feb 6, 2009 at 7:14 PM

Olá Yuri,

Quem lhe escreve é Eduardo, 18 anos, natural e morador de Brasília.

Terminei há pouco de ler o seu livro “A Tragicomédia Acadêmica“, e gostaria de expressar os meus agradecimentos.

Como um jovem que, mesmo decepcionado, tenta passar na UnB, pude me identificar com várias das estórias contadas. Corroborando uma afirmação sua sobre a obra, pude ver, junto a alguns trechos beirando ao absurdo — e nesse conflito reside a excelência do texto –, incrivelmente, uma fiel representação da realidade. “Matando um Mosquito Com um Tiro de Canhão“, em especial, contém tudo o que gostaria de ter dito, mas não tinha a sabedoria, a coragem e nem o conhecimento, sobre um cursinho pré-vestibular, o próprio vestibular e a educação em geral.

A propósito, percebi em seus textos, e embora isso deva valer pouco vindo de um ignorante como eu (e agora um pouco menos graças a você), uma grande riqueza de conhecimentos, contida em tão pequeno espaço, coisa que nunca vi em crônicas de um Luís F. Veríssimo, por exemplo.

E falando em ignorância, para você ver, jamais teria percebido as inúmeras alusões feitas à mitologia grega se, voluntariamente e por mero acaso, não tivesse lido logo antes “O Livro de Ouro da Mitologia”, de Thomas Bulfinch, pois os que se faziam de professores não me ensinaram nada sobre isso quando fingia de conta que era estudante.

No momento, tento recuperar o tempo perdido, e esse livro foi um dos primeiros, tomara, de muitos outros.

Muito Obrigado.
Eduardo C. — eduardco[arroba]gmail[ponto]com

Este é o trecho importante: “contém tudo o que gostaria de ter dito”. Sim, pois o escritor deve expressar justamente aquilo que o leitor ainda não havia verbalizado, aquilo que em seu campo mental não era senão possibilidade — e apenas por isso o leitor não o tinha dito por si mesmo. O escritor é aquele que traz certos fatos e certas possibilidades à consciência, tornando pensável o que antes não era senão pressentido. É aquele que, com a imaginação alerta, em meio a tempestades e ao jogo do navio, permanece aboletado no cesto da gávea. O escritor é aquele marinheiro que grita “terra à vista!”.

Enfim, uma carta contendo esta observação é a carta esperada. Claro, também chegam aquelas com críticas ferrenhas que, a seu modo, fazem tão bem quanto. Há coisas que nos motivam, há outras que nos fortalecem.

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