Trecho de um ótimo artigo de Martim Vasques da Cunha sobre o cineasta John Ford:
« John Ford é o cineasta do exílio interior porque, feliz ou infelizmente, esta é a nossa condição natural – quem quer se manter íntegro em um mundo corrompido paga um preço caro demais para isso. Ou é esquecido pelas pessoas que amou ou é excluído de qualquer participação em uma simples harmonia comunitária. Ele nos ensina a triste lição que a vida dá aos pouquinhos e em goles bem amargos: a de que quanto mais tempo passa, ficamos cada vez mais sozinhos, vivendo em uma prisão onde é melhor ficar na solitária.»