palavras aos homens e mulheres da Madrugada

Categoria: Cinema Page 3 of 11

Entendam, meninas

"Rhett, se você se for, aonde devo ir? O que devo fazer?"
“Rhett, se você se for, aonde devo ir? O que devo fazer?”

Meninas, vocês não entenderam nada. A intenção da autora não era fazê-las enxergar Scarlett O’Hara como um modelo perfeito de feminilidade a ser imitado de cima a baixo. Parem com isso. Mulher de verdade ali era a Melanie Hamilton. Se querem ser empreendedoras, tentem imaginar como seria uma Melanie empreendedora, e não aquela doida da Scarlett. O método da Scarlett só funciona enquanto ainda há beleza física… depois… depois nada mais senão ranger de dentes e solidão. Dito isso, confesso que estou com vontade de rever E O Vento Levou apenas para ouvir, numa das últimas cenas, quando finalmente lhe cai a ficha e decide abandoná-la, o desiludido do Rhett Butler dizer mais uma vez: “Frankly, my dear, I don’t give a damn”. Algo como — num português que faria jus ao personagem — “Francamente, minha querida, tô pouco me fodendo”.

Jericho X Jerichoacoara

Jericho

Não sei se vocês já viram no Netflix uma série chamada JERICHO. São as aventuras e desventuras de uma cidade do interior dos EUA após a explosão de umas vinte bombas nucleares em solo americano. De repente, o povo vê aquele cogumelo no horizonte e apenas semanas depois — já sem energia elétrica, comunicação e combustíveis, e com pouco alimento — descobre a gravidade da situação: o país já foi até mesmo dividido em três e está à beira de nova guerra civil. (Os culpados pelo Armagedom, claro, foram escolhidos pelos roteiristas a dedo esquerdo…) Enfim… imaginei uma versão brasileira da série: JERICHOACOARA. Um sujeito se manda para umas férias em Jericoacoara, fica deslumbrado com o lugar e decide largar tudo para viver ali. Casa-se com uma linda hippie, ex-modelo, compra uma pousadinha, tem uns quatro filhos e, apenas após vinte anos, descobre que o mundo, três dias depois de sua mudança para lá, havia sido completamente devastado por uma guerra nuclear. Em Jericoacoara ninguém ficou sabendo…

Mais postagens recentes no Facebook e no Twitter

DRÁCULA E OS CULTOS NEOPENTECOSTAIS
Dizem que, nos cultos neopentecostais, os pastores falam mais do diabo do que de Deus. Dizem que eles preferem aqueles rituais de exorcismo a pregar o Evangelho. Eu nunca presenciei tais cenas porque não sou pentecostal. Vi apenas alguns vídeos, os quais, aliás, nunca mostram o culto por inteiro. Mas isso não importa. O que realmente acho curioso é que as três últimas pessoas que me fizeram tal comentário — sobre a predominância do diabo nos cultos — também adoram filmes de vampiros. ¿Será que leram “Drácula”, de Bram Stoker? (Eu disse “leram” e não “viram”. Não me refiro ao filme do Coppola.) O romance “Drácula” parece um culto pentecostal. Sério. Não porque fale apenas do diabo o tempo inteiro, mas porque seus personagens falam muito de Deus, vivem a rezar e aprendem com o professor holandês a exorcizar o mundo dessa peste sugadora de sangue. Abraham Van Helsing, a cada vinte ou trinta páginas, convoca todo mundo para orar. O cara parece um pastor. Ateus devem passar mal com essa leitura, talvez até se irritem e a abandonem. (Isto é, são exorcizados por Van Helsing juntamente com o vampiro.) Aliás, nenhum exorcismo é feito sem a invocação de uma ou mais das Pessoas da Trindade. Logo, se num culto falam muito do diabo, é porque certamente devem falar muito de Deus. Não que eu concorde com a abordagem pentecostal, mas quem não gosta dela tampouco devia curtir o livro “Drácula”. Nele, é assim: fala-se muito da Divindade como único recurso eficaz para se combater o mal. Infelizmente, com o avanço do secularismo no século XX, Deus foi retirado das histórias de vampiro. Restou apenas a cruz, que funciona mais como uma arma mágica do que como um símbolo de fé. Se Stoker escreveu uma fábula que ensina a vencer o mal mediante a fé, hoje seu personagem nefasto tornou-se um herói para aqueles que não têm fé alguma, a não ser, talvez, essa fé na paródia de imortalidade representada pelo diabólico Drácula. Ninguém mais quer saber como realmente se escapa da morte. O que vale é preservar o corpo — ainda que às custas do sangue alheio…

***

Jean Uílis — não vou mais pesquisar no Google para descobrir como se escreve essa merda (se ao menos fosse como o Jeep Willys…) — enfim, o sujeito acha um absurdo deputados que rezam o Pai Nosso dentro do Congresso Nacional. ¿Por que ele não reclama com a Madonna, já que ela reza com seus dançarinos antes de entrar no palco? ¿Só porque ela não é evangélica? ¿O trabalho dela é mais importante do que o trabalho de legisladores?

Nego tem de começar a estudar um pouco de etimologia. Se o fizesse, saberia, por exemplo, que leigo/laico (laikós) é aquele sujeito que pertence ao povo cristão em geral, mas não faz parte do corpo eclesiástico da Igreja Católica. Quando o termo passou a ser usado, todo mundo se assumia como membro da Cristandade. (Mesmo o antigo povo grego considerava a impiedade um crime — que o diga Sócrates!) Estado leigo não é sinônimo de Estado ateu.

Essa conversa é velha e já deu no saco.

***

“BALADA RESPONSÁVEL” É NOVILÍNGUA
Não sei se notaram, mas já não há tantos casais divertindo-se em festas, bares e baladas. Agora são uma minoria, formada provavelmente por ricos que podem pagar um motorista particular. Sim, porque hoje em dia, quando o casal sai, só um pode beber enquanto o outro fica com cara de cu, já que alguém precisa ficar sóbrio para dirigir na volta para casa. É muito chato permanecer sóbrio enquanto todo mundo em volta, inclusive sua cara-metade, está se divertindo. Se alguém acha que não é necessário beber em festas e baladas, então pergunte à Nossa Senhora por que ela insistiu tanto para que Jesus transformasse água em vinho. Chesterton, C. S. Lewis e Lin Yutang sabem explicar o porquê. Não deixar um casal beber em público é que é uma irresponsabilidade. Parecerão desconexos. Terão de beber apenas em casa, o que, tecnicamente, já não será mais uma forma de “beber socialmente”. Isto, é claro, se não discutirem perigosamente dentro do carro, ao voltar da festa, porque um estava alegrinho demais…

Anos atrás, tive uma namorada que ficava completamente louca com um simples copo de cerveja. Eu bebo um litro e nada acontece. E a porcaria da Lei Seca trata a todos como iguais. Não somos igualmente afetados pelo álcool.

Aliás, idiotas que fazem cagadas no trânsito quando bêbados também fazem cagadas quando sóbrios. Idiotas são idiotas, ponto. O resto é acidente e, como já dizia Alan Watts, o homem moderno, por mais que tente, jamais conseguirá excluir os acidentes da realidade.

***

UBER
Já cheguei a ficar duas horas, após uma balada, esperando um táxi, porque, afinal, além de o governo nos impor sua Lei Seca, também limita as licenças de táxis. E agora os vereadores de São Paulo proíbem o Uber? FDP.

Franceses adoram inventar porcarias burocráticas, inclusive seus taxistas. E brasileiros adoram imitar franceses! Esse arranjo entre empresários de táxi e Estado é que é fascismo. É anti-livre mercado e o mercado “somos nozes”.

***

Antes de pegar no batente diário, todo político devia ser obrigado a passar por um corredor polonês formado por seus eleitores. Seria uma forma de averiguar a real aprovação de seu trabalho.

***

Ao chegar da apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás no Parque Flamboyant, liguei a TV e me depararei com o finalzinho daquele filme da Sandra Bullock: “Gravidade”. Então, tive uma idéia para um
NOVO FINAL PARA O FILME “GRAVIDADE”:

Depois de muitas horas lutando por sua vida, depois de pular de Estação Espacial em Estação Espacial, buscando em seguida, e desesperadamente, outras velhas naves largadas ao Deus dará por russos e chineses, enfim, depois de arriscar repetida e cosmicamente o lindo pescoço, a exausta astronauta leva sua cápsula a riscar os céus feito estrela cadente e mergulha num laguinho mixa no meio de um grande deserto. Tal como no filme original, ela tem de esperar a cápsula afundar para apenas então vencer a força da torrente de água que entra pela escotilha. Uma fez fora dela, para conseguir nadar até a superfície — e novamente tal como no filme —, ela retira o pesado e desajeitado macacão espacial, emergindo vestida apenas de calcinha e camiseta regata sexy. (Na minha versão, à guisa de comemoração, a calcinha tem as cores do arco-íris.) Ela nada até a margem e, assoberbada pelo peso de seu corpo (ou seja, pela força da gravidade), levanta-se aos trancos e barrancos, misturando tropeços infantis a risadas de triunfo. Aqui acaba a semelhança com o filme original, pois, neste exato momento, duas picapes pretas assomam no horizonte dirigindo-se a toda velocidade na direção da astronáufraga. Ela tenta dar saltos de alegria, mas, sentindo-se enfraquecida pela aventura recente, limita-se a ficar ali de pé, os joelhos juntos, os pés afastados, os braços para o ar, feito uma cheerleader bêbada. Conforme as picapes vão se aproximando, seu sorriso vai se desvanecendo, até dar lugar a olhos esbugalhados e, finalmente, a puro e simples pânico, o qual a leva a dar as costas àqueles dois veículos lotados de fanáticos do Estado Islâmico, o que, infelizmente, em nada resulta, pois a velha e boa força de GRAVIDADE a faz cair de quatro no chão. As duas picapes então estacionam a cinco metros dela, flanqueando-a e deixando-a completamente cercada. Assim, vinte e dois seguidores do profeta Mafamede a sujeitam à força e, após arrancar aquela calcinha de arco-íris, e em homenagem à mesma, estupram-na primeiro no fiofó e, em seguida, divertem-se com a pobre infiel durante doze dolorosas horas. (No filme, isso será expresso pelo movimento do Sol que irá de um horizonte ao outro, numa edição cheia de cortes, enquanto vemos a astronáufraga comer o pão que Maomé amassou.) Por fim, os fanáticos lhe cortam a cabeça e a abandonam ali para os urubus. Neste momento, que é a cena final, o fantasma do astronauta George Clooney surge ao lado do corpo da coitada, olha para a câmera e diz:

— De que vale uma mulher se deslocar tão livremente pelo espaço sideral se ela não pode fazer o mesmo na própria Terra? A única e verdadeira cor deste dia foi o vermelho…

FIM

***

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, disse Jesus. Porém, antes de partir, e notando que a maioria dos mortais mal consegue amar a si mesma, decidiu aprimorar o mandamento: “Amai uns aos outros assim como EU vos amei”; capisce?

***

Enquanto no Ocidente vão chamando as discordâncias de “ódio”, o Islã prossegue com seus assassinatos em massa…

O filho da puta do Brasil e etc.

Ontem, zapeando, esbarrei num trecho do filme “Lula, o filho (da puta) do Brasil”. (Imagine o descaramento: o Paramount Channel exibiu essa joça na Sexta-feira da Paixão!) Há uma cena em que ele fica bravo ao saber das ilegalidades do então presidente do sindicato de que era diretor. Aguardei a claque de risadas, mas não rolou. Por quê? Erro do editor de som? Mistério.

* * *

Quer dar um presente para o pai da Dilma? Dica: “Pastoral Americana”, romance de Philip Roth. Nele fica bastante claro até onde uma figura como nossa presidanta, num país relativamente sadio, pode de fato chegar. (Bastou o tempo e a revolução cultural corroerem a saúde dos EUA para então se chegar ao Obama…)

* * *
“A história moderna é o diálogo entre dois homens: um que crê em Deus, outro que acredita que ele é que é um deus.” Nicolás Gómez Dávila

* * *

— Marisa, minha galega, põe mais água no feijão que o Leonardo Boff tá aí na porta.
— Leonardo Bosta?
— Fala baixo! Quer que ele faiba o que até a gente pensa dele?
— Mas foi você que acabou de chamar ele assim.
— Eu? Mas eu só dife que o Boff tá aí fora.
— Ó! Você falou de novo! Tem bosta lá fora.
— Ah, mulher, vê se te manca!
Lula sai da cozinha pisando firme. Marisa diz em voz alta:
— Uai. Levei tanto tempo para entender esse homem. Não é agora que vou consertar meu ouvido de novo, né.

* * *

Seria legal disparar uma dessas pistolas de brinquedo e, durante um de seus discursos, pregar uma seta de plástico na testa do Stédile.

* * *

ARGUMENTO DA MINHA NOVELA PARA A GLOBO
Estou pensando em escrever uma novela pra Globo. Irá se chamar “O Pinto do Elefante” e as ações serão centradas num circo, o Circo Brasil. O dono do circo terá um caso com o palhaço que o trairá com o leão. O leão comerá qualquer um que entrar na sua jaula. Quem entrar de frente será comido gastronomicamente. (O palhaço só entrará de costas.) A única heterossexual da novela será a mulher barbada, cujo relacionamento romântico com o anão atirador de facas estará no centro da trama. O anão terá no seu trailer vários posters do Tyrion Lannister, seu herói de Game of Thrones, o anão que papa várias mulheres lindas e imberbes. (Não precisa ir ao dicionário: imberbe significa “sem barba”.) Também haverá um triângulo amoroso entre o malabarista, o leão e o elefante. (A cena inicial da novela, que será do horário das seis — para as crianças assistirem — será um boquete do malabarista com o elefante.) No final da novela, sobrarão apenas o palhaço (que se chamará Lula), o leão (que, em homenagem ao conto “Uma paixão no deserto”, se chamará Balzac) e o elefante, que se casarão a três numa paródia de igreja dentro do próprio circo. Os demais personagens serão comidos pelo leão ao longo da trama. (Afinal, apesar de a maioria entrar de costas na jaula, se esquecerá de sair também de costas…) Tudo indica que o folhetim será um sucesso.

Minhas impressões sobre alguns filmes indicados ao Oscar 2015

Oscar 2015

Seguem minhas impressões sobre alguns filmes indicados ao Oscar deste ano:

Whiplash (2014): Treinamento musical à la SEALs. Sangue, suor e lágrimas. (Mais sangue do que você imagina.) O sargento não é negro, mas é durão e careca. Em vez de ir à guerra, vão ao jazz. Muito bom. Talento e muita força de vontade. Oscar de Melhor duelo mestre-discípulo.

Interstellar (2014): Após esquecer como se fabricam aspiradores de pó, terráqueos decidem abandonar a Terra. Viagem de volta para o futuro da maionese passando pelo passado poeirento. (Ninguém liga para o bisavô, nem sequer quando ele é astronauta.) No fundo, a única coisa que realmente me interessou nesse filme não está nele: como teria sido a espera de duas décadas do astronauta negro largado sozinho na nave espacial? Sinistro. Oscar de Melhor desperdício de premissa.

Nightcrawler (2014): Que bosta de filme! Uma câmera na mão (do protagonista psicopata) e uma droga de roteiro (na cabeça do diretor). Oscar para Melhor esposa que aceita trabalhar no filme pretensioso do marido.

The Grand Budapest Hotel (2014): Que belíssima e bem fotografada merda! Se você fuma maconha antes de entrar no cinema, irá curti-lo, pois, ao se perder no enredo graças a insights alheios à narrativa, não perderá nenhuma história que valha a pena acompanhar – e ainda curtirá a paisagem! (Não foi o meu caso.) Oscar de Melhores efeitos do THC.

Ida (2014): Noviça polonesa de origem judia deixa convento para descobrir, em companhia da tia juíza, o que foi feito de seus pais. Cicatrizes da Segunda Guerra. Anti-semitismo de vizinho interesseiro. Cena deprimente: um enterro ao som de L’Internationale. Bom filme. Antes de renunciar ao mundo é preciso experimentá-lo — ao menos um pouquinho.

The Imitation Game (2014): Que perda de tempo! Quanta mentira! Quer fazer uma cinebiografia? Então pare de contar lorotas: os poloneses já haviam quebrado o código da máquina Enigma anos antes dos ingleses; havia mulheres na equipe de criptógrafos (por isso é ridícula a crítica feminista em certa cena do filme; ora, o país já havia sido governado por duas grandes rainhas!); Turing não escreve sozinho uma carta para Churchill, mas, sim, em conjunto com os demais cientistas; ele não construiu aquele computador sozinho como quem trabalha na garagem de casa; eles, os cientistas, não decidiram por conta própria quais ofensivas nazistas seriam contra-atacadas; não se sabe realmente se Turing cometeu suicídio ou se foi “suicidado”, etc. Enfim, Oscar de Filme que mais irritou os poloneses, a exatidão e a veracidade.

Gone Girl (2014): Que pé no saco! Trama tão estúpida que nem dá vontade de comentá-la. (Ela, a girl, foi tarde e não devia ter voltado.) Em suma: clube da luta supostamente vencida pelo suposto sexo frágil. Oscar de Final mais deprimente.

Leviafan (2014): Bom. Livro de Jó em russo. Mas faltou a conclusão. Um detalhezinho só, no final. (Será possível que até o autor da Bíblia — “J”, segundo Harold Bloom — entenda mais de roteiro?) Mas continua sendo um bom filme. Vale a pena. Oscar de Que droga de vida.

The Theory of Everything (2014): Sessão da tarde. Físico que desconhece Wolfgang Smith ainda acredita existir uma Teoria de Tudo (TGU). Não havendo, torna-se famoso por uma teoria equivocada e por ser o primeiro a refutá-la. Mais um, menos um, igual a zero. Oscar de Melhor cara torta.

American Sniper (2014): Ótimo. “O verdadeiro guerreiro luta não porque odeia o que está à sua frente, mas porque ama o que está atrás.” (Chesterton) Os progressistas odeiam esse filme tanto quanto amam Che Guevara, o que diz muito sobre eles. Oscar de Melhor pontaria.

Boyhood (2014): Interessante, mas infelizmente não existe no Oscar a categoria “Melhor espera de crescimento de ator”. Precisava? [Muxoxo] Longa sessão da tarde. Sessão da tarde inteirinha. De toda uma tarde… Sim, interessante, mas também termina tragicamente: o coitado ingressa na universidade! Que horror. Oscar de Mais momentos propícios para se ir ao banheiro sem perder absolutamente nada do enredo.

Birdman (2014): Mimimi de ator hollywoodiano querendo reconhecimento da crítica nova-iorquina. Realismo esquizofrênico. Mais do mesmo cine-hospício. Aula de plano-sequência. (Lembra minha conversa com Dib Lutfi sobre o melhor câmera ser como alguém em projeção astral.) Oscar de Melhor corrida de táxi.

Foxcatcher (2014): Contra a vontade da aristocrática mãe, que prefere cavalos, Riquinho Rico compra lutadores para brincar com eles no quintal da sua mansão. Ou seja, mais cine-hospício. Neste caso, em doses homeopáticas. O que impressiona é que, apesar das frescuras, e nesta época em que toda cinebiografia quer-porque-quer provar que todo biografado foi gay, ninguém libera o fiofó. Steve Carell, como todo ator que interpreta malucos, corre o risco de levar um prêmio. Oscar de Melhor agarra-agarra sem conotação sexual.

Crescendo (curta-metragem)

Eis um excelente curta-metragem!

Os Náufragos – com Yuri Vieira

“Crítica cultural num Brasil que afunda.”

Tomei a liberdade de postar no meu canal do YouTube a entrevista que dei ao programa Os Náufragos, da RADIO VOX, ocorrida no final de 2013. Espero que os novos ouvintes perdoem minha metralhadora vocal que, movida a uma garrafa de café, saiu atropelando palavras e interlocutores.

Temas abordados: Universidade, política, Nietzsche, drogas, ateísmo, cientificismo, Hilda Hilst, Bruno Tolentino, Olavo de Carvalho, cinema, roteiristas, narrativas, Espelho (meu curta-metragem), contos de fada, Chesterton, vida acadêmica, conselhos aos criadores, conceito de arte, Isaac Bashevis Singer, autopublicação, internet, inamizades, novos autores.

Os Náufragos é um programa da Radio Vox.

Page 3 of 11

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén