palavras aos homens e mulheres da Madrugada

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A melhor piada do Oscar 2013

Se você não riu deste esquete do Seth MacFarlane durante o Oscar deste ano, é porque sua cultura cinematográfica sofre de preconceitos com filmes musicais e com títulos brasileiros ridículos. A produção do filme The Sound of Music não tem culpa se o coitado foi chamado de A Noviça Rebelde aqui no Brasil. (E por isso, durante uma viagem aos EUA, minha irmã não conseguiu comprar o DVD do inexistente The Rebel Nun.)

Veja a cena original – na qual a família von Trapp, durante um concurso musical na Áustria, aproveita para fugir dos nazistas – e, em seguida, veja o esquete de MacFarlane.

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O Feitiço do Tempo (Groundhog Day): 20 anos

Groundhog_Day

Hoje, 12 de Fevereiro, é o aniversário de 20 anos do lançamento de Feitiço do Tempo (Groundhog Day, by Harold Ramis), filme que considero não apenas um clássico mas também uma excelente parábola à la Frank Capra: uma comédia que toca a alma. Como homenagem, segue o trecho em que Phil (Bill Murray) pergunta para Rita (Andie MacDowell) como é seu tipo ideal de homem:

— O que eu realmente quero é alguém como você.

— Ah, por favor…

— Por que não? O que você está procurando? Para você, quem é o cara perfeito?

— Em primeiro lugar, ele é muito humilde para saber que é perfeito.

— Sou eu!

— Ele é inteligente, solidário, engraçado.

— Inteligente, solidário, engraçado. Eu… eu… eu.

— Ele é romântico e corajoso.

— Também eu.

— Ele tem um corpo bacana, mas não se olha no espelho a cada dois minutos.

— Eu tenho um corpo bacana; e às vezes passo meses sem me ver no espelho.

— Ele é bondoso, sensível e gentil. E não tem medo de chorar na minha frente.

— Estamos mesmo falando de um homem, né?

— Ele gosta de animais e crianças; e troca as fraldas sujas de caca.

— Será que ele tem de usar a palavra “caca”?

— E ele toca um instrumento; e também ama sua mãe.

— Uau, passei realmente perto desse aí.

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E, caso queira ouvir algumas das músicas da trilha sonora, veja no Facebook este post e seus respectivos comentários.

Vampiros à moda antiga

Iris

Eu, que na infância adorava filmes de vampiro, andava com o estômago revirado com tantas besteiras vampirescas no cinema atual. Aliás, já nem acompanho mais as novidades cinematográficas com aquela sofreguidão juvenil de antes. Vou vendo filmes antigos e novos ao acaso, conforme as oportunidades e minha própria vontade. E, neste século, nada mais decepcionante do que um filme de vampiro. (Dá uma saudade do Christopher Lee daquele tamanho.)

Quem leu o livro Drácula (Bram Stoker) sabe que, nele, o vampiro é uma verdadeira praga, uma metáfora do mal, e que os personagens passam metade do tempo orando, pedindo força, coragem e fé a Deus para enfrentar algo tão terrível. (Na verdade, o filme Drácula de Bram Stoker não é senão Drácula de Francis Ford Coppola, pois, ao contrário de sua adaptação, não há nenhum amor romântico no livro.) Tal como eu disse na PUC TV (programa Da Hora), durante um debate a que fui convidado sobre a moda vampiresca, hoje em dia vampiros estão mais para “diabos levantados” do que para “anjos caídos”. E isso só é possível porque as pessoas perderam a noção do que realmente significa o termo maniqueísmo, pois acreditam que colocar, numa narrativa, o Bem a lutar claramente contra o mal seja um equívoco, isto é, que essa luta seja “maniqueísmo”, quando, na verdade, ser maniqueísta é acreditar justamente no contrário, a saber: que o mal é tão absoluto quanto o Bem, que ambos devem caminhar juntos, como gêmeos fundadores da realidade, e que, por isso, combater o mal não é senão uma perda de tempo. Besteira! Santo Agostinho fala muito bem sobre a burrice que é o maniqueísmo, do qual participou antes de abraçar o cristianismo. É preciso combater o mal, sim, como ocorre no livro Drácula. Afinal, tornar-se vampiro não é aprender a conviver com uma doença. Não! É entregar-se ao mal. Aqueles que se tornam vampiros, e mesmo assim não se entregam ao mal, deixam-se matar.

Enfim, tudo isso para dizer que, ontem, finalmente assisti a um filme de vampiros recente (2007) que me causou calafrios: 30 Days of Night. É a história de um povoado isolado no Alaska subitamente invadido por vampiros. Impressionante! Lembra muito o que Luiz Fernando Vaz comenta num artigo sobre zumbis. Claro, como quase tudo o que é bom no cinema, trata-se de uma adaptação (no caso, de uma HQ). E vale a pena. O filme, caso você o veja sozinho numa casa afastada, faz você dar uma saidinha para checar se as portas estão realmente trancadas. Não há vampiros “gente boa” e nem paixonites inocentes por rapazes que brilham no escuro e cuja maldade não é senão uma inadequação adolescente à realidade. Não. É, finalmente, um filme de vampiros à moda antiga.

P.S.: Eu disse que o filme é recente, mas minha sobrinha, que tem 14 anos de idade, achou-o antigo, pois foi rodado em 2007. Bom, para mim, filme antigo é filme mudo do início do século passado…

Eis o trailer:

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Filme em família

Filme em família

Você faz a maior propaganda de um filme e chama a família inteira para vê-lo. Empolgados, aquele cheiro de pipoca já no ar, todos se acomodam pelos sofás, poltronas e tapetes cobertos de almofadas. Apesar do insistente burburinho, o filme começa. A platéia é finalmente absorvida pelo silêncio. Parece um bom sinal, mas não é. Corridos vinte minutos, já estão dormindo suas irmãs, seus irmãos, seus cunhados, suas cunhadas, seus sobrinhos, seus pais, seus tios e assim por diante. Ouve-se um ronco aqui, outro ali. O que fazer? Bem, agora já foi, mas, da próxima vez, utilize a “Técnica Capitão Nascimento de Concentração”, isto é, distribua granadas de mão sem o pino de segurança entre os presentes e avise: “Quem dormir explodirá a si mesmo e matará consigo meia-dúzia de parentes!” Sim, você não vê a hora de colocar o plano em prática…

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira. (Seqüência extraída do documentário de Joaquim Pedro de Andrade, 1959.)

Douglas Trumbull e o futuro do cinema

Harry Knowles conversa com Douglas Trumbull, responsável pelos efeitos visuais de filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Jornada nas Estrelas: O Filme e Blade Runner. Juntos discorrem sobre a evolução do cinema e a situação atual da projeção de filmes.

São Paulo, a Symphonia da Metropole (1929)

São Paulo, a Sinfonia da Metrópole (1929), dirigido por Rodolfo Lustig e Alberto Kemeny.

Como o filme não tem trilha sonora, sugiro algumas variações de Beethoven:

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