Vou-me embora pra Pasárgada, de Manuel Bandeira. (Seqüência extraída do documentário de Joaquim Pedro de Andrade, 1959.)
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Palestra de Rodrigo Gurgel, o jurado “C” do Prêmio Jabuti, a respeito de seu livro Muita Retórica – Pouca Literatura. (O áudio está baixo até os primeiros 5 ou 6 minutos. Se não conseguir ouvi-lo desde o início, avance o vídeo até aí.)
Harry Knowles conversa com Douglas Trumbull, responsável pelos efeitos visuais de filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Jornada nas Estrelas: O Filme e Blade Runner. Juntos discorrem sobre a evolução do cinema e a situação atual da projeção de filmes.
Da série “Coisas que só acontecem no Japão”: um coro de dez mil vozes canta o quarto movimento da Nona Sinfonia de Beethoven.
O compositor José Antônio de Almeida Prado estudou com Olivier Messiaen. Almeida Prado me disse que Messiaen “sofria” de sinestesia, isto é, ele via as cores dos sons. Ou melhor: via os sons enquanto cores. (Essa condição que os demais mortais só alcançam com LSD.) Contou-me também que, sempre que Messiaen ouvia um passarinho, ficava boquiaberto, em deslumbrado silêncio, dizendo por fim algo do tipo “Nossa, que cascata de cores!”. Messiaen, o mesmo sujeito que compôs o “Quatuor pour la fin du temps” [“Quarteto para o Fim dos Tempos”] enquanto prisioneiro de um campo de prisioneiros nazista. Ele não escolheu os instrumentos. Saiu pelo campo a descobrir se havia outros músicos ali e que instrumentos tocavam, compondo, pois, especificamente para eles. Li – salvo engano no livro Viagem aos Centros da Terra, de Vintila Horia, que o entrevistou – que, uma vez finalizada a composição, o quarteto apresentou-se vestido de molambos a uma platéia formada por outros prisioneiros em farrapos e por soldados e oficiais nazistas. Ficaram todos, sobretudo os nazistas, muitíssimo impressionados. Foi como se, pela primeira vez, realmente percebessem no que afinal estavam envolvidos.