Blog do Yuri

palavras aos homens e mulheres da Madrugada

Olavo rocks! Literalmente…

Pô, Thiago!

Thiago Dias, parceiro de trampo, atrapalhou minha vida de tio. Ontem estávamos escrevendo um roteiro de publicidade a quatro mãos, um roteiro para uma loja de moda das mais chiques (com direito a Costanza Pascolato e Lala Rudge como protagonistas), e então, entre as referências de música e direção de arte, ele me mostra aquele clipe do Robin Thicke, Blurred Lines… Cacetada! O problema é que minha sobrinha de 7 anos sempre aparece por aqui depois da escola e me pede para colocar iCarly no Netflix. E não é que a modelo Emily Ratajkowski, a ‘brunette’ do vídeo clipe, é atriz coadjuvante na tal série? Fedeu-se. Acabou minha ‘suspension of disbelief’. Não vou mais acreditar na inocência das personagens do iCarly…

icarly

Timidez imatura

Um traço típico da timidez imatura é fazer algo apenas se alguém já o estiver fazendo: dançar numa festa apenas se já há gente dançando, por mais vontade que tenha de dançar; ir embora durante um filme ruim apenas se mais gente já tiver abandonado o cinema; reclamar do atendimento em órgãos públicos apenas se alguém começar a fazê-lo antes; ir ao show de rock de uma banda idiota porque ninguém quer ir ao show da banda que a pessoa realmente curte; não levantar a mão para fazer uma pergunta inconveniente a um professor esquerdista apenas porque ninguém mais parece se importar com a lavagem cerebral; não ir a um protesto apenas porque não acha que haverá gente suficiente em meio à qual poder ocultar o próprio rosto; e assim por diante.
Desejo mimético é um pé no saco. Deseje seu próprio desejo. A timidez madura se chama modéstia.

Entendam, meninas

"Rhett, se você se for, aonde devo ir? O que devo fazer?"
“Rhett, se você se for, aonde devo ir? O que devo fazer?”

Meninas, vocês não entenderam nada. A intenção da autora não era fazê-las enxergar Scarlett O’Hara como um modelo perfeito de feminilidade a ser imitado de cima a baixo. Parem com isso. Mulher de verdade ali era a Melanie Hamilton. Se querem ser empreendedoras, tentem imaginar como seria uma Melanie empreendedora, e não aquela doida da Scarlett. O método da Scarlett só funciona enquanto ainda há beleza física… depois… depois nada mais senão ranger de dentes e solidão. Dito isso, confesso que estou com vontade de rever E O Vento Levou apenas para ouvir, numa das últimas cenas, quando finalmente lhe cai a ficha e decide abandoná-la, o desiludido do Rhett Butler dizer mais uma vez: “Frankly, my dear, I don’t give a damn”. Algo como — num português que faria jus ao personagem — “Francamente, minha querida, tô pouco me fodendo”.

Reich de 1000 minutos

16 de Agosto

Ano passado, em Setembro, estive numa passeata contra o PT que não devia ter sequer 1000 pessoas. Na época, Dilma estava em plena campanha e tudo indicava que o Reich do PT duraria 1000 anos. Agora que o mesmo Reich não tem moral para durar 1000 minutos, vou ficar em casa? Apenas porque a máfia política brasileira se uniu para manter a Odorica Paraguaçu no poder? Nem fodendo. Não protesto porque tenho certeza de que o PT cairá. Protesto porque tenho certeza de que o partido, seu governo e seus aliados são o maior erro político da história do Brasil e do continente.

Uma babá feia. Bem feia.

A babá

Minha mãe, que continua se informando principalmente pelo rádio, veio me contar uma dessas notícias que, segundo ela, caso fossem impressas num jornal, não serviriam sequer para forrar uma gaiola de hamsters pouco asseados. Dizia respeito a uma viagem feita pelo marido da bela Gisela Bündchen, o tal do Tom jogador de futebol gostosão, em companhia do Ben Affleck, ator da mesma estirpe. Por alguma razão, não entendi direito, eles viajavam com uma babá. Bom, isso me leva a crer que talvez houvesse crianças na viagem — ou não, filmes pornôs indicam que a presença de crianças não é estritamente necessária à presença de babás. Enfim. O caso é que os dois gostosões ricos casados com gostosonas famosas — Ben Affleck é casado com alguma gostosona famosa? não sei, mas não perderei meu tempo no Google por conta disso —, os dois acabaram convidando a babá, que deveria ter ficado em New York, a ir com eles até Los Angeles. (E por isso imagino que não estivessem de carro, Los Angeles não é logo ali.) E a babá, gostosona (obviamente), aceitou o convite, e então… ninguém sabe. Suruba? Ménages? Baby sitting? Sitting no colo de alguém? Em dois colos? Sei lá, mas parece que uma das esposas gostosonas, ou ambas, ficaram P da vida e alguém já está falando em divórcio. Parece que há um papo sobre ganhar alguma coisa com uma bola murcha… sei lá, me desculpe, mãe, minha atenção a esses assuntos não vai tão longe. E só estou contando tudo isso porque, ao final, minha mãe disse:
— Se a Gisele Bündchen tivesse lido sua história da Hilda Hilst e da empregada feia, não estaria nessa agora. A Hilda tinha toda a razão. E também deve ser horrível ser uma pessoa famosa. Todo mundo atrás dessas picuinhas ridículas. Ainda bem que você e suas irmãs não são famosos…
Para quem não o leu, minha mãe se referia ao relato “Precisa-se de empregada feia. Bem feia“. Leia-o antes que você caia na mesma situação, querida leitora.

A expressão estética da verdade

Álvaro Lins

« Em arte, belo não é sinônimo de bonito. O artista procura, com a verdade, o que é característico. A expressão estética dessa verdade — bonita ou feia, elevada ou baixa, nobre ou sórdida — é que é a beleza em arte.»
Álvaro Lins

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