Palestra do economista Fernando Ulrich. (Venho acompanhando a evolução técnica do Bitcoin desde 2013 — tal como qualquer um, garimpando, pode verificar na timeline do meu Facebook — mas foi o livro do Fernando, fundamentado no pensamento da Escola Austríaca de Economia, que me abriu os olhos para o significado dessa nova tecnologia.)
fiatjaf
“Disrupção”? Sério? Até tu vai começar a usar esse anglicismos porcos?
Yuri Vieira
Não estou certo se você é apenas impaciente — e por isso foi com muita sede ao pote (o que inevitavelmente acabou levando-o a pagar um mico) — ou se é apenas um ignorante. E o pior: um ignorante que, desconhecendo a própria língua, se arvora em grande conhecedor de uma língua estrangeira. Quem acompanha este blog, sabe que muitas vezes corrijo os títulos de vídeos aqui postados. Neste caso, não foi necessário, pois o Fernando Ulrich não escreveu nada que atentasse ao bom português. Se você pesquisasse um pouco antes de apontar o dedo para quem sabe mais do que você, veria que os vocábulos “disrupção” e “dirupção”, ambos empregados com o mesmo sentido, são usados há muito tempo no português e têm origem no latim “disruptio” ou “diruptio”, respectivamente. (Você pode verificar isso no Houaiss, no Priberam e até mesmo no meu velho Webster.) Ou seja: é a língua inglesa que se apropriou de uma palavra latina e não o português que, ao usá-la, se angliciza. Mais sorte da próxima vez e tente ser um pouco mais humilde. Gente cabotina nunca vai muito longe.
Yuri Vieira
Aliás, quando quiser corrigir alguém, escreva corretamente: “vai” é conjugação de terceira pessoa do singular e você usou “tu”, a segunda pessoa. E “esse” é um pronome no singular, sendo que você usou “anglicismos porcos”, isto é, um plural.